terça-feira, 28 de agosto de 2012

Iná Poggetti


O trabalho, a carreira.


“Faça o que você ama e não terá que trabalhar um só dia!!” Essa frase é atribuída a Confúcio, filósofo chinês.


Está espalhada pela net essa máxima, com a qual eu concordo plenamente!!

É uma fala legal, mas tenho certeza que você já se perguntou:

- Como faço isso? Como descubro o que eu gosto ou o que devo fazer pra gostar do que eu faço?
Nós deixamos muito de nossas atitudes por conta de “vontade”, de “gostar”, de “estar motivado”, por exemplo. E permitimos que esses “entes” (vontade, gostar e muitos outros), gerenciem nossas vidas como criaturas despóticas. E acreditamos que não temos controle sobre eles. Sentimos na maior parte das vezes que estamos sempre à mercê de tais “entes”. Eles governam nossas vidas.

Há muitas ligações emocionais e culturais com essa permissão que damos a esses “entes” sobre nossas vidas, e seria um assunto extenso que podemos tratar em outra ocasião.

Raramente pensamos em         “vontade” ou “gostar” como algo a aprender, como algo que podemos dominar e fazer acontecer. Pensamos, ao contrário, que são coisas que “nós temos ou não temos”, e pronto!

Eu já procuro pensar de outra forma.... “como aprendo a gostar”? Ou “como aprendo a ter vontade?”

Como qualquer aprendizagem, todo começo causa mais sofrimento do que gratificação.

Lembre de um bebê aprendendo a andar, os tombos que ele leva antes de ter um passo firme e seguro. Lembra seu primeiro dia na escola, quando não sabia o que era aquilo que se chama escola e sabe-se lá o que sua fantasia de criança montou?

Lembre da ansiedade do seu primeiro emprego, seu primeiro beijo, seu primeiro amor, seu primeiro filho, seu primeiro neto? Tudo é mais difícil no primeiro momento, no entanto, tudo traz prazer junto com o sofrimento.

Bem ou mal, superamos tais fases e aprendemos com as dificuldades que nos são apresentadas.

Gostar do seu trabalho é algo semelhante.

Não posso deixar de falar sobre os níveis hierárquicos que estão sempre presentes numa relação de trabalho que também afetam nossa avaliação do “gostar”. Muitas vezes, confundimos uma relação de trabalho conflituosa, com “gostar” do trabalho em si.

Nesse caso, sempre recomendo que faça um bom treinamento de assertiva ( aprender a se posicionar para estabelecer os limites entre o pessoal e o profissional).

Estou me referindo a casos muito comuns como não saber dizer não ao seu chefe, perceber abuso de autoridade e não ter coragem de tomar uma atitude a respeito, sentir desrespeito entre colegas do mesmo setor e não saber o que fazer a respeito, ter dificuldades em  comandar e orientar seus funcionários, ter dificuldades em corrigir erros e elogiar acertos, etc. (essas ocorrências  têm muitas variações.)

Se, no final das contas, você decidir que realmente não gosta do trabalho que faz, (sei que não gosto de jiló, mas sei, pois já experimentei), comece a pesquisar o que te encanta fazer, onde você “perde a noção das horas”. Procure cursos, orientações, busque ajuda para praticar e aprimorar aquilo  que você mais gosta. E não confunda “ter dificuldade” com “não gostar” – são coisas completamente diferentes. Você só vai poder avaliar se gosta ou não de algo, depois que aprender a fazer...sem sentir dificuldade. Daí então você consegue entender o verdadeiro sentido da palavra gostar... ou não gostar!!

E nem venha me dizer que não tem mercado para o que você gosta. Já pensou que o Google AdWords vende PALAVRAS?

Não sabe o que é Google AdWords? Procure se informar e depois se pergunte se o que você gosta realmente de fazer é tão absurdo assim.

O que geralmente nos derruba é o fato de aceitarmos a ideia que temos tão forte, da “dificuldade de qualquer mudança”. Não estou dizendo que é fácil. Mas não é impossível.

Investir em você mesmo/a, seja para aprender a gostar do que já faz, como para aprender outra profissão e sonhar num futuro próximo com a possibilidade de se sentir mais livre e feliz, sempre é um bom projeto.

No entanto, projetos não andam sozinhos. Eles têm que ser feitos e depois postos em prática pelas pessoas que os elaboraram!!

Comece hoje mesmo: experimente dizer não ao invés de dizer sim para algo que você sempre disse sim mesmo contrariado/a.

Treine e pratique fazer coisas, ao contrário do que é o seu habitual. Experimente comer a sobremesa antes do jantar....

Pode parecer bobeira, no entanto não deixe de anotar e observar suas emoções, sensações e percepções quando faz isso.

Você vai notar que estar ligado a convenções sociais (comer a sobremesa só depois do jantar) pode até ser bom, mas descobrir que pode decidir por si mesmo/a o que quer, é melhor ainda.

Abraços Iná

Équilibré Cursos e Treinamentos
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