44- O feminino X o masculino
Por qual razão ainda perdura
entre nós o conceito do “mais forte (homem) e do mais fraco (a mulher, os
filhos...”)”?
Achei de bom tamanho abordar esse
assunto, pois hoje em dia é muito comum termos tanto homens quanto mulheres que
trabalham fora de casa e participam da manutenção da família.
Hoje vou comentar especificamente
a respeito das dificuldades que vejo na atuação da mulher no mundo corporativo.
Em posts posteriores falo um pouco a respeito dos homens.
Separo assim os sexos, pois
queiramos ou não a educação ainda agora em 2013, traz resquícios de uma
sociedade que pensava que os trabalhos fora de casa deveriam ser de obrigação
do homem, enquanto as mulheres deveriam ficar em casa, cuidando da casa e dos
filhos.
Uma das coisas que não posso
deixar de comentar contigo é que as transições de modo de pensar, infelizmente demoram
muitas gerações para se estabelecerem, e quando estamos vivendo em determinado
momento de nossas vidas, a tendência é somente a de sentirmos a angústia das
contradições que esse processo de mudança (que ainda não está claramente
estabelecido) provoca.
Nesse caso, de só percebermos a
angústia das contradições nas transições, passamos muitas vezes, anos de nossas
vidas com incertezas com relação aos papéis que realmente queremos exercer.
- Devo ser mãe, dona de casa, conforme
ditam os manuais e isso pode implicar em abrir mão do meu desenvolvimento
profissional?
- Devo ser profissional, como
muitas conhecidas minhas são?
- E como faço, se os manuais sobre
criar filhos nos dizem da importância da participação das mães no
desenvolvimento da criança?
- E como faço, se antes de ter
filhos eu sonhava desenvolver minha carreira e expandir meus conhecimentos...
sonhava com outro tipo de vida. Enfim?
Uma experiência que posso
partilhar contigo é que, tendo um pouco mais de meio século de vida, peguei
essa tentativa de mudança, essa tentativa de transição, de um modo fervilhante
e com uma força muito mais persuasiva do que agora.
Posso observar que soluções que
não existiam quando eu estava nesse momento de decisão, existem agora.
Lugares adequados para levarmos
nossos bebês, leis que protegem (pelo menos parcialmente) uma mulher quando ela
tem filhos, etc.
Mesmo naquele meu momento, eu
optei por executar as duas tarefas, as duas funções. Logicamente tive ajuda,
principalmente do meu parceiro de vida. E com isso, consegui tanto gerir uma
casa (com a participação dele), criar os meus filhos (com a participação dele),
e desenvolver minha profissão (também com a participação dele).
Não é fácil, não é simples, mas
vale a pena. Acho que vale a pena principalmente, lembrando agora que tinha
saúde e disposição para desempenhar aquilo que tinha me proposto.
Mas também existem as pressões
que vem dos locais de trabalho e de qualquer local que seja tido como de
domínio masculino.
Lembrei agora, de um episódio
muito gozado que aconteceu comigo ao levar um carro para oficina.
O mecânico, até tentando ser
gentil, criticou um funcionário, alegando que ele era meio “lesado”, pois não
sabia nem onde ficava a válvula que a gente abre para calibrar um pneu.
Abaixou-se gentilmente na direção
do pneu do meu carro e “educadamente” me apontou, bem de perto, o que ele
estava chamando de válvula do pneu...., repetindo “Então... aqui é a válvula do
pneu”... isto é: “elegantemente” me chamou de lesada também....eheh
Num mundo em que lutávamos com
pedras e paus era natural que se desenvolvesse a necessidade que um ser com
compleição física mais forte (o homem) protegesse a sobrevivência da prole.
Agora, num mundo em que apertar
um botão levanta uma viga, apertar um botão levanta uma ponte, é preciso
repensar nesse conceito do “mais forte” e do “mais fraco”.
Num mundo em que desenvolver um
código, movimenta milhões em termos financeiros e qualquer dos sexos pode fazer
isso.
Num mundo em que já colocamos os
animais “perigosos” em jaulas, e só os vemos nos zoológicos, ou no máximo em
alguma aventura mais “naturalista”.
Num mundo em que o frango já vem empacotadinho
do supermercado e não precisamos criar galinhas em nossos quintais ou fazer
hortas, precisamos urgentemente repensar: se a tecnologia e o desenvolvimento
humano “progrediram” tanto, por qual razão nossa cultura ainda teima em nos
manter na “penumbra” com a argumentação ainda do “mais forte e do mais fraco”?
Acredito que esses sejam pontos
sobre os quais devemos refletir e tentar mudar em nossas vidas, para sermos
mais coerentes com as facilidades que temos “hoje”, comparado com “ontem”.
Intelecto nós mulheres temos o suficiente para nos tornarmos eficientes e
eficazes, em qualquer área na qual nos aventuremos.
Boa semana, Abraço, Iná
Équilibré
Cursos e Treinamentos
Rua
Dr. Antônio Frederico Ozanan, 309, Limeira, SP
CEP-13480 688, Fone (019) 3034 4330
Nenhum comentário:
Postar um comentário