terça-feira, 6 de novembro de 2012

Iná Poggetti


Tomar decisões.

Semana passada, falei com vocês a respeito de assumir consequências das ações que praticamos.

Diretamente ligado a isso está o item tomar decisões.

No trabalho, em casa, na vida de forma geral é  nos exigido tomar decisões.

Desde manhã, abrir os olhos já é uma tomada de decisão.

Vestir o chinelo, escolher a roupa, decidir sobre o almoço, qual projeto vou apresentar, como vou apresentar tal projeto, etc.

1-Qual a razão então, de tomarmos decisões no dia a dia de forma quase imperceptível e sem emoções, (1a) e ao mesmo tempo, hesitarmos em determinadas ações e postergarmos muito, muitas vezes, para tomarmos outras decisões?

2- Além da razão perguntada acima, ainda há outra pergunta. Qual a diferença entre decisões que são tomadas no dia a dia sem a menor dificuldade e outras para as quais muitas vezes, nem sequer conseguimos tomar decisão?

Algumas suposições para a primeira pergunta;

1 - Não percebemos as decisões do dia a dia como “decisões”. Provavelmente as percebemos como obrigações, coisas óbvias, etc.

As decisões tomadas são de forma geral convenções e não discutimos convenções. Ao contrário, as tomamos como referência para nossas vidas uma vez que, inclusive, elas dão conforto na medida em que não precisamos nem pensar a respeito delas. Simplesmente vamos agindo.

1a – As decisões que nos provocam hesitação provavelmente são aquelas para as quais não existe uma convenção estabelecida ou nos é pouco conhecida e então exige raciocínio e elaboração. Muitas vezes implicam em consequências que já presenciamos e muitas dessas consequências não sabemos lidar, ou não gostamos (o que acaba por culminar em “não saber lidar com as mesmas”)

2- para a segunda pergunta talvez uma boa observação seja a de que  implicam em ações que precisamos aprender, exijam dedicação e cuidado. Afinal, de qual aprendizagem precisamos para decidir tomar café de manhã?

Bem, tais decisões, aquelas que hesitamos em tomar, ou às vezes nunca tomamos também implicam em que, na maioria das vezes, estão envolvidas muitas pessoas e as decorrências vão atingir tais pessoas e eu serei responsável pelos resultados.

Além de envolver pessoas quando precisamos tomar decisões profissionais, envolvem também resultados que podem ou não serem bons e a abrangência dessas decisões pode ser catastrófica se não tivermos uma análise das decorrências e ações estabelecidas para todo o leque de possibilidades.

Enfim, como diz meu filósofo favorito:

“Logo que numa inovação nos mostram algo de antigo, ficamos sossegados” Friedrich Nietzsche
Entendo então que nos apegamos  ao antigo, ao já estabelecido, nos sentimos confortáveis e ali ficamos, embora sintamos angústia da mesmice, do igual, da rotina, a familiaridade com o antigo nos amarra na acomodação.

Acredito que tomar decisões que não são comuns e que não são convencionais nos traz muita angústia e ansiedade, por isso optamos de forma geral por nos manter no tradicional.

Decisões que vão contra o convencional, são mais complicadas ainda, uma vez que além de abandonarmos o lugar comum ainda temos que brigar com as posições contrárias e protestos que elas geralmente geram.

Mas, é para essas decisões incomuns e não convencionais que estão reservados todos os frutos de evolução, aprendizado, melhorias, diversificação.

Abraços, Iná

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