Tomar decisões.
Semana passada, falei com vocês a
respeito de assumir consequências das ações que praticamos.
Diretamente ligado a isso está o
item tomar decisões.
No trabalho, em casa, na vida de
forma geral é nos exigido tomar
decisões.
Desde manhã, abrir os olhos já é
uma tomada de decisão.
Vestir o chinelo, escolher a
roupa, decidir sobre o almoço, qual projeto vou apresentar, como vou apresentar
tal projeto, etc.
1-Qual a razão então, de tomarmos
decisões no dia a dia de forma quase imperceptível e sem emoções, (1a) e ao
mesmo tempo, hesitarmos em determinadas ações e postergarmos muito, muitas
vezes, para tomarmos outras decisões?
2- Além da razão perguntada
acima, ainda há outra pergunta. Qual a diferença entre decisões que são tomadas
no dia a dia sem a menor dificuldade e outras para as quais muitas vezes, nem
sequer conseguimos tomar decisão?
Algumas suposições para a
primeira pergunta;
1 - Não percebemos as decisões do
dia a dia como “decisões”. Provavelmente as percebemos como obrigações, coisas
óbvias, etc.
As decisões tomadas são de forma
geral convenções e não discutimos convenções. Ao contrário, as tomamos como
referência para nossas vidas uma vez que, inclusive, elas dão conforto na
medida em que não precisamos nem pensar a respeito delas. Simplesmente vamos
agindo.
1a – As decisões que nos provocam
hesitação provavelmente são aquelas para as quais não existe uma convenção
estabelecida ou nos é pouco conhecida e então exige raciocínio e elaboração.
Muitas vezes implicam em consequências que já presenciamos e muitas dessas
consequências não sabemos lidar, ou não gostamos (o que acaba por culminar em
“não saber lidar com as mesmas”)
2- para a segunda pergunta talvez
uma boa observação seja a de que
implicam em ações que precisamos aprender, exijam dedicação e cuidado.
Afinal, de qual aprendizagem precisamos para decidir tomar café de manhã?
Bem, tais decisões, aquelas que
hesitamos em tomar, ou às vezes nunca tomamos também implicam em que, na
maioria das vezes, estão envolvidas muitas pessoas e as decorrências vão
atingir tais pessoas e eu serei responsável pelos resultados.
Além de envolver pessoas quando
precisamos tomar decisões profissionais, envolvem também resultados que podem
ou não serem bons e a abrangência dessas decisões pode ser catastrófica se não
tivermos uma análise das decorrências e ações estabelecidas para todo o leque
de possibilidades.
Enfim, como diz meu filósofo
favorito:
“Logo
que numa inovação nos mostram algo de antigo, ficamos sossegados” Friedrich Nietzsche
Entendo então que nos
apegamos ao antigo, ao já estabelecido,
nos sentimos confortáveis e ali ficamos, embora sintamos angústia da mesmice,
do igual, da rotina, a familiaridade com o antigo nos amarra na acomodação.
Acredito que tomar decisões que
não são comuns e que não são convencionais nos traz muita angústia e ansiedade,
por isso optamos de forma geral por nos manter no tradicional.
Decisões que vão contra o
convencional, são mais complicadas ainda, uma vez que além de abandonarmos o
lugar comum ainda temos que brigar com as posições contrárias e protestos que
elas geralmente geram.
Mas, é para essas decisões
incomuns e não convencionais que estão reservados todos os frutos de evolução,
aprendizado, melhorias, diversificação.
Équilibré
Cursos e Treinamentos
Rua
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