terça-feira, 25 de setembro de 2012

Iná Poggetti


Envelhecendo eu??

De jeito nenhum!!!!

Não costumo ouvir tais frases, mas costumo ver comportamentos (muitas vezes compulsivos) com esse significado.

Encontrei certa vez uma pessoa já com idade numa fila comum de banco. Como era minha conhecida, aproximei-me para cumprimentar e, de quebra perguntei por que não ia na fila especial, de idosos. Seria atendida mais rápido. A pessoa “meio que” me lançou um olhar desaprovador e comentou: “Imagina se eu preciso disso!!”...

Mas, essa negação não se aplica somente a pessoas consideradas “idosas”.

Cremes, spas, academias, ginásticas, cirurgias rejuvenescedoras, tinturas no cabelo, regimes, são algumas das coisas que recorremos quando nos deparamos com uma consciência que o tempo passa.... e nós, junto com ele.

Lembra quando você era pequeno que observava aquele senhor  ou aquela senhora com cabelos brancos, rugas pelo rosto, andar arqueado? Você provavelmente não imaginava que um dia iria chegar a ficar daquela maneira, ou nem parecido.


Pode ser que (como já ouvi muitos falarem) você até tivesse uma certa repulsa daquelas pessoas com pele envelhecida, com andar titubeante.

A menos que você tenha o segredo de Joan Collins, ou Sophia Loren que são famosas pela “juventude” apesar de terem 79 e 78 anos respectivamente ( se bem que eu desconfio que o segredo das duas é nunca se permitirem ser fotografadas sem maquiagem) você vai sim ficar velho um dia.

E como encarar isso nos dias de hoje, quando todos ainda buscamos a fonte da juventude em vários artifícios? (vários já citados acima)

Quero deixar claro, que sou totalmente a favor da saúde e, sinceramente se tivesse uma fonte da juventude, eu estaria na fila pra um golinho. Quero morrer “saudável”, se possível.

Acredito que valha a pena conversar a respeito daquelas pessoas que desenvolvem verdadeiras catástrofes emocionais a respeito dessa finitude característica do ser humano.

Essa finitude é apavorante e o caminho que percorremos quando consciente só torna pior as coisas quando nesse percorrer, levamos nossos pensamentos para nossa impotência diante do envelhecimento.

Para resumir a história, posso dizer que cosméticos, spas, academias e etc e tal, tem sim papel relevante nessa busca da preservação da juventude, mas junto com isso percebe-se, muitas vezes, o exagero emocional das pessoas sobre tais recursos.

O exagero, podemos identifica-lo quando uma pessoa fica emocionalmente abalada com o passar do tempo. Muitas vezes entra em depressão quando se conscientiza de sua impotência diante desse mesmo tempo que passa e entrega-se a artifícios que acabam por prejudicar mais do que ajudar na manutenção da saúde e do bem estar.

A beleza como todos sabemos, é definida a partir de pontos de vista diferentes e de épocas diferentes. A saúde é algo que cabe a cada um de nós definir o que é bom ou não para nós.

Quando a busca da juventude ou a manutenção dela começa a nos levar para prejuízo da saúde, é sinal que emocionalmente estamos descompensados e precisamos retomar  o equilíbrio dos critérios de saúde e juventude.

Não podemos ser jovens o tempo todo, assim como não permanecemos crianças o tempo todo.

Mas, podemos ser sábios a maior parte do tempo e podemos também investir em desenvolver nosso conhecimento e aprimorar nossa sabedoria.

A juventude de uma pessoa aparece em qualquer idade, quando ela está sempre em busca de aprender, calma, ponderada, persistente, bem humorada.

Concordo se você disser que isso não é possível o tempo todo, mas é possível a maior parte do tempo.

Raiva, inveja, preocupação excessiva com os problemas dos outros, ganância, birra, mau humor, descontentamento frequente consigo mesmo, não sei se apressam o envelhecimento como muitos falam, mas que nos atrasam a vida, ah! isso atrasam!

Minhas sugestões para hoje: busque suas qualidades, além da sua aparência, ou de qualquer mau julgamento que você possa  fazer dela. Busque as coisas que fazem seu coração vibrar, saltar, sua alma rejuvenescer, que é até agora, a melhor fórmula para se manter jovem.

Abraços. Iná


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