terça-feira, 4 de setembro de 2012

Iná Poggetti


Ciúme: prova de amor?

Bem, diz a “lenda” que sim. O que você acha?

Na minha experiência, ciúmes é uma grande tentativa de controle, tenha o outro apresentado motivo ou não para isso.

Se apresentou motivo, ótimo! Fica mais fácil justificar o ciúme. Se não apresentou motivo, em noventa e nove por cento das vezes, o ciumento, arranja... , muitas vezes, os mais absurdos motivos.

Relacionamentos! Não é fácil tê-los!

Considerando sempre que, cada um veio de uma educação diferente, além da diferença que existe entre a educação de um menino e uma menina. E como sempre, todos nós tomamos algo como base pra nossas vidas. A educação que recebemos e os conceitos sociais são duas pedras “fundamentais” em nossas vidas.

Se você pelo menos considerou a possibilidade de ciúme ser muito mais uma tentativa de controle do que qualquer outra coisa, siga comigo.

Se existe uma tentativa de controle, em primeiro lugar, o ciumento sente que não tem controle. Sente que não encanta o outro e não tem atrativos suficientes para manter o outro junto de si.

Sente que o outro é superior a si mesmo e que pode deixa-lo/a a qualquer momento e o ciumento/a não poderá fazer nada para manter tal pessoa ao seu lado.

Indo um pouco mais além nessa linha de raciocínio, a pessoa ciumenta é normalmente chata, pois claramente ou disfarçadamente, ela tenta de todos os meios seguir e saber sobre cada passo do outro.     Podemos também concluir daí que essa pessoa não tem dedicação a sua própria vida. Ela vive a vida do outro, ou no mínimo tenta desesperadamente viver a vida do outro.

Outra coisa que se pode sugerir desse início de análise é que o ciumento é inseguro, sente-se incapaz e incompetente. Sobre o que?- você poderia perguntar - eu diria que, em geral, sobre praticamente tudo.

Se não gostam de sua comida, sente-se rejeitado/a.

Se não gostam de alguma ideia dada no trabalho ou mesmo entre amigos, sente-se também rejeitado/a.

Algumas formas de ciúmes assumem, às vezes, características violentas.

Nesse caso, é preciso coerência dos convivas para orientar tal pessoa a procurar ajuda. E não estou dizendo violência contra o outro, necessariamente. Muitas vezes a violência é dirigida contra  a própria pessoa que é ciumenta.

Numa relação familiar, por exemplo, em que um dos membros tenha ciúme do pai ou da mãe, a violência pode ser dirigida para outro irmão. É uma espécie de deslocamento que a pessoa promove, inclusive por dificuldade de assumir claramente a condição de ciumenta, insegura.

Várias  vezes, não raras, esse ciúme que se manifesta de forma violenta, pode tornar-se até em um ato criminoso.

Mas não vamos tão longe. Vamos voltar a falar do ciúme que se encontra dentro do limite “razoável”.

A linha entre a fantasia, crença, imaginação e ocorrências de fato fica confusa. As pessoas ciumentas apresentam “muita certeza” dos atos do outro que geralmente são para ela de “traição”. Há uma mistura de conclusões e análises. As conclusões são distorcidas para se confirmar a maneira ciumenta do pensamento.

Claro que as pessoas não percebem isso. Se percebessem procurariam mudar, olhar de outra forma para os acontecimentos.

Uma coisa que se pode observar é  o sentimento.

Se sente desconforto grande parte do tempo em relação ao seu relacionamento, procure entender o que acontece. Se não conseguir sozinho, procure ajuda: um amigo, amiga mais tranquila, que seja mais  seguro/a, que possa ajudar você a compreender melhor o que está acontecendo, com uma visão isenta. Um orientador religioso, um profissional.

Não deixe que o ciúme faça da sua vida um inferno.

Devo dizer que muitas vezes as pessoas têm, de fato, razões para  desconfiar do parceiro, parceira. Mas será mesmo que essa pessoa não pode fazer mais nada a não ser permanecer nesse inferno gerado por esse tipo de relação? Claro que pode.

Trabalhe com suas inseguranças, com seus medos e torne-se forte para tomar uma atitude na direção de sua independência e autonomia. Busque sentir segurança com relação a si mesmo, confiar mais em suas possibilidades, gostar e respeitar mais a si mesmo.

Ciúme em um primeiro momento pode parecer charmoso e sensual. Pode alimentar muito também o desejo do outro de ser “desejado”, “querido”, amado. E essas emoções sempre se confundem com respeito, carinho, companheirismo. Essa confusão a médio e longo prazo tornam a vida de qualquer um impraticável, angustiante e desesperada.

Abraços, Iná

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