terça-feira, 31 de julho de 2012

Iná Poggetti


Viver e Aprender.

Algumas coisas que você deve saber e pode controlar em sua vida, e torna-la melhor.

Nesse post vou me restringir ao discurso. O nosso discurso. E por discurso estou tomando toda forma de expressão: a fala, os gestos, caretas, etc.

Como já comentei em posts anteriores, nossa língua é cheia de sentimentos e emoções. Pense por exemplo, na palavra saudade. Ela gera emoções. Acho que todos nós temos saudades de algo na vida. Eu cá do meu modo, tenho saudades da infância quando ignorava uma porção de coisas, tinha pessoas que cuidavam de mim e dos vários problemas que pudessem surgir.

Nesse caso, a ignorância me desliga da responsabilidade. Hoje em dia não posso alegar mais ignorância para uma porção de coisas na minha vida.

Então, junto com o conhecimento, vêm as responsabilidades.

Indo um pouco mais fundo no assunto, acho que temos muita resistência em aprender, pois inconscientemente temos uma ideia das responsabilidades que isso irá acarretar.

Bem, voltando à questão do discurso, uma das figuras de linguagem mais usadas e mais ignoradas na nossa língua é o paradoxo.

Emocionalmente o paradoxo é aquela fala que faz uma afirmativa e nega tal afirmativa ao mesmo tempo.... complicado não é?

Deixa eu explicar um pouco mais pra você: a nossa comunicação ocorre não só pelas palavras, mas também com todo o nosso corpo. Quando falamos algo, gesticulamos, mudamos expressão dos olhos, enrugamos a testa, etc.

Paradoxo ocorre quando você fala algo e, ou com palavras ou com gestos, desqualifica o que falou. Assim, para uma fala do tipo: “ _ Você é muito inteligente mesmo” com a mão na cintura e uma careta de reprovação, caracteriza-se aí um paradoxo.

Você emite sons com um conteúdo e destrói tal conteúdo com gestos. Entende?

Se você “der uns tratos à bola” vai identificar muito disso em nossas comunicações, especialmente em momentos que estamos a fazer uma ironia, um sarcasmo.

Muito desse conteúdo de ironia ou sarcasmo é usado nas construções de piadas por exemplo. Muitas vezes provoca riso.

Em outras vezes, quando é dirigido em particular a uma pessoa, as emoções costumam ser devastadoras, especialmente se pensarmos em uma situação de diferentes autoridades, assim como um pai, ou mãe com um filho, um professor com um aluno, etc.

De forma geral, toda vez que nos sentimos em posição de inferioridade em relação a uma pessoa ou situação, a tendência é de que os paradoxos provoquem muitos estragos.

Essa análise rápida nos dá algumas ideias do que podemos fazer para minimizarmos tais efeitos:

1.   Em primeiro lugar, observarmo-nos insistentemente para identificarmos quando fazemos isso. Eu digo quando fazemos isso, porque é fatal! Em algum momento ou situação nós, com certeza, reproduzimos paradoxos.

2.   Pensar quais emoções tais ocorrências nos provocam e supor que, igualmente para aqueles que reproduzimos tal coisa, ele ou ela, certamente sentirá o mesmo mal estar que nós, ou algo semelhante.

3.   Pensarmos que uma forma de mudarmos isso, é nos decidirmos por qual mensagem adotaremos para nós. Afinal, a decisão de absorvermos a mensagem da palavra falada ou da mensagem expressa pelos outros gestos é inteiramente nossa.

4.   Se somos profícuos no uso de tais paradoxos, que tal desenvolvermos tal habilidade para fazermos muitas piadas e realmente nos divertirmos com isso?


"A sabedoria é um paradoxo. O homem que mais sabe é aquele que mais reconhece a vastidão da sua ignorância." Friedrich Nietzsche.
                  
E como sempre, uma citação do meu filósofo preferido.

Abraços e boa semana. Iná


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