Viver e Aprender.
Algumas coisas
que você deve saber e pode controlar em sua vida, e torna-la melhor.
Nesse post vou
me restringir ao discurso. O nosso discurso. E por discurso estou tomando toda
forma de expressão: a fala, os gestos, caretas, etc.
Como já
comentei em posts anteriores, nossa língua é cheia de sentimentos e emoções.
Pense por exemplo, na palavra saudade. Ela gera emoções. Acho que todos nós
temos saudades de algo na vida. Eu cá do meu modo, tenho saudades da infância
quando ignorava uma porção de coisas, tinha pessoas que cuidavam de mim e dos
vários problemas que pudessem surgir.
Nesse caso, a
ignorância me desliga da responsabilidade. Hoje em dia não posso alegar mais
ignorância para uma porção de coisas na minha vida.
Então, junto
com o conhecimento, vêm as responsabilidades.
Indo um pouco
mais fundo no assunto, acho que temos muita resistência em aprender, pois
inconscientemente temos uma ideia das responsabilidades que isso irá acarretar.
Bem, voltando à
questão do discurso, uma das figuras de linguagem mais usadas e mais ignoradas
na nossa língua é o paradoxo.
Emocionalmente
o paradoxo é aquela fala que faz uma afirmativa e nega tal afirmativa ao mesmo
tempo.... complicado não é?
Deixa eu
explicar um pouco mais pra você: a nossa comunicação ocorre não só pelas
palavras, mas também com todo o nosso corpo. Quando falamos algo, gesticulamos,
mudamos expressão dos olhos, enrugamos a testa, etc.
Paradoxo ocorre
quando você fala algo e, ou com palavras ou com gestos, desqualifica o que
falou. Assim, para uma fala do tipo: “ _ Você é muito inteligente mesmo” com a
mão na cintura e uma careta de reprovação, caracteriza-se aí um paradoxo.
Você emite sons
com um conteúdo e destrói tal conteúdo com gestos. Entende?
Se você “der
uns tratos à bola” vai identificar muito disso em nossas comunicações,
especialmente em momentos que estamos a fazer uma ironia, um sarcasmo.
Muito desse
conteúdo de ironia ou sarcasmo é usado nas construções de piadas por exemplo.
Muitas vezes provoca riso.
Em outras
vezes, quando é dirigido em particular a uma pessoa, as emoções costumam ser
devastadoras, especialmente se pensarmos em uma situação de diferentes
autoridades, assim como um pai, ou mãe com um filho, um professor com um aluno,
etc.
De forma geral,
toda vez que nos sentimos em posição de inferioridade em relação a uma pessoa
ou situação, a tendência é de que os paradoxos provoquem muitos estragos.
Essa análise
rápida nos dá algumas ideias do que podemos fazer para minimizarmos tais
efeitos:
1.
Em primeiro lugar, observarmo-nos
insistentemente para identificarmos quando fazemos isso. Eu digo quando fazemos isso, porque é
fatal! Em algum momento ou situação nós, com certeza, reproduzimos paradoxos.
2.
Pensar quais emoções tais ocorrências nos
provocam e supor que, igualmente para aqueles que reproduzimos tal coisa, ele
ou ela, certamente sentirá o mesmo mal estar que nós, ou algo semelhante.
3.
Pensarmos que uma forma de mudarmos isso, é nos
decidirmos por qual mensagem adotaremos para nós. Afinal, a decisão de
absorvermos a mensagem da palavra falada ou da mensagem expressa pelos outros
gestos é inteiramente nossa.
4.
Se somos profícuos no uso de tais paradoxos, que
tal desenvolvermos tal habilidade para fazermos muitas piadas e realmente nos
divertirmos com isso?
"A sabedoria é um paradoxo. O homem que mais sabe é
aquele que mais reconhece a vastidão da sua ignorância." Friedrich
Nietzsche.
E
como sempre, uma citação do meu filósofo preferido.
Abraços e boa semana. Iná
Équilibré
Cursos e Treinamentos
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