Um pouco sobre auto-observação.
Você já descobriu
que pode falar o que pensa com as pessoas com que convive. (item treze do
primeiro post)
Você já descobriu
que pode falar o que pensa com as pessoas com quem convive e nem sempre isso
traz bons resultados e você já aprendeu a conviver com isso, porque você tem
VOCÊ te apoiando. (item catorze do primeiro post)
Nada
do que você aprendeu na sua educação, está de acordo com os dois itens acima.
Você aprendeu que deve ser honesto. Sim!
Mas você também aprendeu que não pode dizer o que pensa, se isso for magoar ou
ofender alguém.
Você aprendeu que deve falar a verdade!
Sim! Mas aprendeu que a verdade nem sempre traz
bons resultados e pode ser melhor você omitir ou contar algo “parecido”,
mas muitas vezes “não exatamente” o que aconteceu.
Você aprendeu que deve amar seu próximo.
Sim! Mas também aprendeu que precisa dispor de coisas conquistadas com muito
suor e trabalho, só para mostrar que você ama seu próximo.
Você aprendeu que deve respeitar os
outros. Sim! Mas você já tentou respeitar alguém e não foi respeitado da mesma
maneira.
Você aprendeu que deve cumprir sua
palavra dada. Sim! Mas quantas vezes deixaram você a ouvir o samba do Arnesto -
Adoniram Barbosa – Demônios da Garoa- lembra?. Não conhece? Acesse então esse
link: http://letras.terra.com.br/demonios-da-garoa/#mais-acessadas/478690
que você vai se divertir com esse grupo maravilhoso, igual ao qual não existe
mais.
Por
isso se faz necessário, agora como adultos, tomarmos nossa reeducação em nossas
próprias mãos.
“O homem
precisa daquilo que em si há de pior se pretende alcançar o que nele existe de
melhor.”
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
Pense na
seguinte situação:
Você
trabalha numa empresa, num escritório, enfim, em qualquer lugar que você esteja
terá oportunidade de vivenciar ou já vivenciou o que vou propor:
Você tem
colegas de trabalho, amigos, e se seu ambiente pensado for em casa você tem
marido, filhos, esposa... sogra, etc.
Uma dessas
pessoas chega a seu lado e diz: “Você sempre faz isso da maneira mais
difícil!!” (seja lá o que for a que essa pessoa esteja se referindo)
A primeira
reação da pessoa (nesse caso que estamos falando aqui a pessoa é você) é
sentir-se acusada e criticada.
Pergunta:
você já se perguntou qual a razão daquela fala provocar em você tal emoção? É
uma forma de auto-observação!
A resposta ampla que tenho para a pergunta
acima é que você cataloga tal observação (“Você sempre faz isso da maneira mais
difícil!!”) como uma acusação, pelo automatismo que já existe cultivado por
todos os seus anos de existência. Você não para e pergunta, por exemplo:
1.
Mais
difícil para quem? Para mim, ou para quem está fazendo a observação? Se for
para quem está fazendo a observação pode ser mesmo que para essa pessoa seja
mais difícil! Não significa que você deva sentir da mesma forma.
2.
É
realmente mais difícil? Qual é o modo mais “fácil” que o outro está sugerindo?
Posso aproveitar esse modo mais fácil e tornar a minha vida mais simples? Por
que não?
3.
Além da emoção já identificada, o que essa
pessoa que está me falando representa para mim? Me sinto inferior a ela? Ela me
provoca sentimento de incapacidade, incompetência?
4.
Me sinto superior a ela, e é pretensão dela,
querer me informar outras formas, sendo que a minha “com certeza” é a melhor?
Essas são apenas algumas perguntas que
posso fazer antes de ceder à tentação
automática de avançar no pescoço do perguntador, ou me encolher feito uma
concha me sentindo a vítima da situação.
Você precisa notar que não é só essa
pergunta que gera mal estar na maioria das pessoas. Há também outras perguntas
e afirmativas que causam o mesmo estrago se cedermos à nossa emoção imediata,
sem investigarmos o que podemos fazer por nós mesmos.
Quanto mais questões levantarmos a
respeito do que nos causa emoções e quanto mais investigarmos quais
alternativas temos às nossas emoções automáticas, mais provável que tenhamos
sucesso em reeducarmos nossos conceitos e buscarmos adotar o que de melhor
possa haver para nós.
Portanto, para os itens treze e catorze,
que são especificações do primeiro post aqui no blog da Cláudia, deixo essas
sugestões para você. Tente praticá-las e verifique os resultados. Com certeza
você enriquecerá o seu conceito a seu respeito e, como diz Nietzsche, você pode
se deparar com o que há de pior em você. No entanto, a admissão desse pior, esclarecerá
o muito de bom que você também tem, mas não tem consciência.
Abraços, até a próxima semana.
Iná
Équilibré Cursos e
Treinamentos
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interessante o artigo, realmente antes de pular no pescoço de quem faz a critica, é melhor parar para pensar se a questão é sua ou do outro.
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