A
influência da cultura no feminino X o masculino (2)
Dando continuidade ao
post anterior e como já havia dito anteriormente, vou comentar agora um
pouco a respeito do lado masculino da questão.
A questão à qual me refiro é a da
cultura: a forma como somos criados e educados, e que apesar do passar do tempo
e da tentativa de mudança no pensamento, ainda perduram muitos resquícios de
formas anteriores que conflitam com propostas que surgem agora. E, isso vale
para ambos os sexos.
Novamente esclarecendo aqui: não
há, da minha parte, uma posição maniqueísta de bem ou mal, de bom ou mau...
somente uma colocação de fatos que conheço por experiência.
Como não sou homem, vou comentar
a respeito da experiência que tenho no consultório com meus clientes homens.
Como se apresenta o quadro geral
Tentando não cair na esparrela da
generalização e para explicar isso melhor, deixo claro que os homens que vão ao
consultório, (o meu pelo menos) estão em busca de qualidade de vida. Ambicionam
uma vida boa, de qualidade para ele e os seus.
Essa busca não implica que as
coisas sejam ou se tornem um mar de rosas. Não! Pelo contrário! Há muita
turbulência nesse caminho de busca. Muita incerteza, ansiedade.
Considerando uma faixa etária
entre 30 anos (até um pouquinho menos) mais ou menos e 50 e tantos anos, (até
um pouquinho mais) posso dizer que se trata de gerações que se encontram dentro
das mesmas influências já citadas no post
anterior, onde o homem basicamente é o chefe da família.
A geração mais nova, em torno dos
trinta anos já se mostra mais flexível a respeito disso e tenta de várias
formas se adaptar (embora às vezes com relutância) à forma mais atual de pensar
e agir, isto é: dividir com a mulher tanto a parte financeira, quanto a participação
na educação dos filhos e manutenção de forma geral na relação familiar.
Considerando o peso que a
educação significa nessa cultura, no desencadeamento da emoção e sentimentos,
posso dizer que muitos permanecem confusos uma boa parte do tempo, e passam a
parecer sentir ou mesmo sentir real insegurança no trato familiar. Na tentativa
de adaptação, passam a questionar valores e princípios.
As possíveis decorrências
Isso acaba por acarretar uma
série de perturbações familiares que, se não reconhecidas, identificadas e
modificadas tornam relações, com separações e divórcios a curto prazo,
frequentes.
Não estou dizendo que são só
esses fatores que implicam nas separações e divórcios frequentes que vemos hoje
em dia. Estou dizendo que esses fatores contribuem fortemente para essas
ocorrências.
Pense só: se ainda resta a ideia
que uma das coisas que define masculinidade é ser o mantenedor da família, o
que acontece com as emoções de um homem que se vê despojado dessa função?
Sim! Você pode não acreditar, mas
é culturalmente forte a ligação entre masculinidade e manutenção familiar.
As tentativas para lidar com o conflito
Muitos desdenham e brincam com
essa “suposta” influência cultural e acredito que já existam aqueles que
realmente superaram e levam a vida já mais “ajustados” a ideia da divisão das
responsabilidades financeiras.
Mas nem todos.
Buscando caminhos de compreensão
Para você que está lendo esse
post, se for mulher, acredito muito que compreensões sobre as formas culturais
que pressionam um e outro podem melhorar relacionamentos
e levar a uma união maior entre parceiros, e se você for homem, essa
compreensão também pode leva-lo a buscar
mais informações a respeito e aprendizagem para trabalhar no dia a dia com mais
flexibilidades na forma de pensar.
Penso que a comunicação “de fato”
entre duas pessoas sempre melhora tudo o que já tenha sido construído até o
momento presente da relação, por isso o meu interesse em falar sobre esse
assunto aqui.
Abraço, e boa semana.
Iná
Équilibré
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