terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Iná Poggetti


 A influência da cultura no feminino X o masculino (2)

Dando continuidade ao post anterior e como já havia dito anteriormente, vou comentar agora um pouco a respeito do lado masculino da questão.

A questão à qual me refiro é a da cultura: a forma como somos criados e educados, e que apesar do passar do tempo e da tentativa de mudança no pensamento, ainda perduram muitos resquícios de formas anteriores que conflitam com propostas que surgem agora. E, isso vale para ambos os sexos.

Novamente esclarecendo aqui: não há, da minha parte, uma posição maniqueísta de bem ou mal, de bom ou mau... somente uma colocação de fatos que conheço por experiência.

Como não sou homem, vou comentar a respeito da experiência que tenho no consultório com meus clientes homens.

Como se apresenta o quadro geral

Tentando não cair na esparrela da generalização e para explicar isso melhor, deixo claro que os homens que vão ao consultório, (o meu pelo menos) estão em busca de qualidade de vida. Ambicionam uma vida boa, de qualidade para ele e os seus.

Essa busca não implica que as coisas sejam ou se tornem um mar de rosas. Não! Pelo contrário! Há muita turbulência nesse caminho de busca. Muita incerteza, ansiedade.

Considerando uma faixa etária entre 30 anos (até um pouquinho menos) mais ou menos e 50 e tantos anos, (até um pouquinho mais) posso dizer que se trata de gerações que se encontram dentro das mesmas influências já citadas no post anterior, onde o homem basicamente é o chefe da família.

A geração mais nova, em torno dos trinta anos já se mostra mais flexível a respeito disso e tenta de várias formas se adaptar (embora às vezes com relutância) à forma mais atual de pensar e agir, isto é: dividir com a mulher tanto a parte financeira, quanto a participação na educação dos filhos e manutenção de forma geral na relação familiar.

Considerando o peso que a educação significa nessa cultura, no desencadeamento da emoção e sentimentos, posso dizer que muitos permanecem confusos uma boa parte do tempo, e passam a parecer sentir ou mesmo sentir real insegurança no trato familiar. Na tentativa de adaptação, passam a questionar valores e princípios.

As possíveis decorrências

Isso acaba por acarretar uma série de perturbações familiares que, se não reconhecidas, identificadas e modificadas tornam relações, com separações e divórcios a curto prazo, frequentes.

Não estou dizendo que são só esses fatores que implicam nas separações e divórcios frequentes que vemos hoje em dia. Estou dizendo que esses fatores contribuem fortemente para essas ocorrências.

Pense só: se ainda resta a ideia que uma das coisas que define masculinidade é ser o mantenedor da família, o que acontece com as emoções de um homem que se vê despojado dessa função?

Sim! Você pode não acreditar, mas é culturalmente forte a ligação entre masculinidade e manutenção familiar.

As tentativas para lidar com o conflito

Muitos desdenham e brincam com essa “suposta” influência cultural e acredito que já existam aqueles que realmente superaram e levam a vida já mais “ajustados” a ideia da divisão das responsabilidades financeiras. 

Mas nem todos.

Buscando caminhos de compreensão
Para você que está lendo esse post, se for mulher, acredito muito que compreensões sobre as formas culturais que pressionam um e outro podem melhorar relacionamentos e levar a uma união maior entre parceiros, e se você for homem, essa compreensão também pode leva-lo a  buscar mais informações a respeito e aprendizagem para trabalhar no dia a dia com mais flexibilidades na forma de pensar.

Penso que a comunicação “de fato” entre duas pessoas sempre melhora tudo o que já tenha sido construído até o momento presente da relação, por isso o meu interesse em falar sobre esse assunto aqui.

Abraço, e boa semana.
Iná

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