terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Iná Poggetti


Por que disputamos sempre?

Bem, acho melhor explicar “melhor” sobre o que estou falando não é?

Não acho que todas as pessoas ajam da mesma forma, mas uma grande maioria age.

Estou falando da necessidade quase que instintiva que temos de disputar. Disputar o que? Quase tudo:

Disputamos o melhor marido, o melhor filho, a melhor esposa, o melhor carro, a melhor casa, etc.

Sou totalmente a favor de conseguirmos conforto para nossas vidas, no entanto quando entramos de cabeça nisso que chamei de “disputa”, o conforto é o que menos importa.

Nos apertamos em roupas que não nos servem buscando termos a melhor aparência,  nos apertamos financeiramente para termos o melhor carro, restringimos nosso conforto quando é dito que o melhor móvel é aquele que se encontra na vitrine de tal loja, ou o melhor imóvel fica em tal bairro, etc. e tal.

Conforto e disputa são duas palavras e duas ações completamente diferentes.

A questão da disputa normalmente se atém aquilo que é moda, politicamente correto, e que elegemos como meta para nossas vidas.

Acho que a maior questão está na definição de “melhor” que é aceita para que, a partir dela, basearemos uma ação.

Melhor é um termo etéreo, sem referência no mundo “real”. É uma palavra comparativa e para que essa comparação sirva, ela tem que se fundamentar em algo plausível.

Qual é a referência que usamos para designar “melhor”?

Não é necessariamente nosso conforto, mas usualmente nossa necessidade de competir em um mundo muito 
mais consumista do que um mundo em busca de conforto e qualidade de vida.

Quando supomos que atingimos tal meta, a de sermos e termos o melhor, se baseados na definição de “melhor” como competição, sossegamos por algum tempo e isso nos dá a falsa sensação de sucesso.

Mas tão logo o conceito de melhor se nos apresente defasado (e isso é rápido numa sociedade utilitária como a que vivemos) surge novamente a necessidade de retomarmos a busca pelo “melhor”. Em decorrência, entramos novamente na competição por obter “o melhor”.

Mais uma vez quero esclarecer que sou totalmente a favor de ambicionarmos sempre “o melhor” para nós e os nossos. Mas que esse conceito esteja sempre estreitamente ligado ao conforto, bem estar e qualidade de vida.

A maioria das vezes, essa ambição está única e exclusivamente ligada ao que a moda dita, ao que o vizinho tem de mais caro, e que eu considero (por ser mais caro) o melhor, etc.

Se o nosso parâmetro de melhor refere-se a nós mesmos (melhor hoje do que ontem, do que um minuto atrás, etc.) ótimo. É o modo mais eficiente de continuarmos progredindo em todos os aspectos.

Se o nosso parâmetro são os outros, então tudo fica mais complicado.

A quantidade de informação do que é certo, errado, é moda é démodé, é bonito é feio, existe em quantidade e variação tal que, lembramos clara e ansiosamente a necessidade atual que somos levados a sentir de estarmos informados a respeito de tudo e todos, o que é uma crença bastante divulgada e aceita hoje em dia.

Essa é a propaganda mais eficiente da área de marketing quando ela vende junto com a ideia acima a “necessidade” que sentimos de consumir seus produtos. 

Bem, encurtando o assunto, não vamos ficar com a aparência da Charlize Theron, se usarmos o mesmo corte de cabelo, nem seremos Angelina Jolie, colocando botox na boca, nem conseguiremos um raciocínio de um Nietzsche ou Foucault simplesmente recitando seus aforismos e frases.

Conseguiremos sim conforto e qualidade de vida investindo em nós mesmos e em nossas melhores características. Assim, ao dividirmos com os nossos, estaremos passando o melhor de cada um de nós.

Abraços, Iná

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