terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Iná Poggetti

Como nossas emoções influenciam nossas ações?
Bem, não sei dizer para você quem veio primeiro: o ôvo ou a galinha.
Deixe-me explicar melhor: nós conseguimos identificar (pelo menos algumas vezes) que  determinada emoção, nos levou a praticar determinada ação. Nem sempre isso é consciente.
Nesse caminho de identificação, podemos acrescentar mais uma série de coisas que participam dessa sequência de acontecimentos em nossas vidas.
Se você está sentindo que o assunto está ficando complexo, você tem toda razão: é algo complexo mesmo. Por essa razão, vou dividir esse assunto em fases.
Uma característica comum do ser humano é a fala. Segundo muitos, a fala é o que nos torna superiores ao resto da vida animal, se bem que tenho minhas dúvidas, porque nunca soube falar gatês, cachorrês, passarinhês, etc.
Uma palavra que tenho usado com frequência para falar com você é “paradoxo”.
Hoje vou comentar com você um pouquinho a respeito dessa palavra e do conceito por trás da palavra.
Paradoxo tem muitas definições na física, na matemática, na linguística. Mas para a psicologia, paradoxo  é toda a expressão que é ao mesmo tempo uma afirmação e uma negação e, provoca uma emoção, a partir da interpretação (ou confusão) que o ouvinte faça.
Esquisito não é? Mas já, já você vai entender do que estou falando.
Sendo uma afirmação e uma negação, ela automaticamente se anula, mas não sem antes deixar um rastro de mal estar nas pessoas que estão à volta desse contexto. E o que mais me interessa aqui conversar contigo é  a respeito das emoções que essa “figura de linguagem” provoca nos seres humanos desavisados, que, diga-se de passagem, é a maioria de nós.
"Sou capaz de resistir a tudo, menos a uma tentação" Oscar Wilde
"O dinheiro compra tudo, inclusive amor sincero" Nelson Rodrigues
Essas são frases paradoxais dos “famosos”, mas no dia a dia o paradoxo nos aparece muitas vezes em forma de sarcasmo e ironia. Formando parceria com os sons que emitimos, contradizemos com as expressões do rosto e tonalidade de voz.
Por exemplo, imagine a frase “Você é muito inteligente mesmo!”, junto com uma cara de ironia e um risinho no canto do lábio.
A fala afirma e a expressão facial nega.
Embora eu esteja citando só um exemplo, isso ocorre o tempo todo em nossa vida, todos os dias, horas, etc.
Desenvolvemos um mecanismo de defesa, que tentam nos proteger das emoções e sentimentos de confusão que tais frases provocam e, numa determinada altura já não percebemos mais o mal estar que isso nos causa. Mas o corpo é um vigilante impiedoso e continua se desgastando embora sem nossa conscientização a respeito.
Os resultados são a médio e longo prazo e, dependendo de sua sensibilidade, a curto prazo, devastadores.
Sintomas físicos e emocionais se manifestam sem que saibamos de onde vêm e com que propósito eles vêm. Já ouvi muitas vezes no consultório frases: “Nossa! Estou tão bem financeiramente, intelectualmente e não sei de onde vem esse mal estar”...
Posso dizer que não é de ontem nem de anteontem... é uma forma insidiosa que foi se estabelecendo aos poucos e aos poucos causando danos sem que pudéssemos notar. Ao contrário, costumamos atribuir determinadas mudanças ao clima, á idade, ao cansaço, ao stress, etc., mas na verdade são ocorrências que fazem parte de nossas vidas já há um bom tempo.
Mas tenho confiança que, quanto mais ficarmos atentos a nós mesmos, e prestarmos atenção a forma como falamos e em conjunto, manifestamos nossas expressões, temos condições de entender se emitimos muitos paradoxos, ou se absorvemos muito do mal estar que eles provocam e, com isso, buscarmos mudar a forma menos danosa de nos expressarmos ou de interpretarmos o que nos está parecendo aquela comunicação naquele momento.
Espero que você tire bom proveito dessa discussão que faço comigo mesma....e apresento para você.
Abraços e boa semana.
Iná
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