Natal e Ano Novo.
Paira no ar os sentimentos de
solidariedade, participação, compartilhamento, irmandade, etc.
Não sou contra, pelo contrário,
sou a favor.
No entanto tenho restrições
quanto à forma que as pessoas interpretam as palavras dessa estação de enlevo (Natal e Ano Novo)
Na maioria das vezes, os
sentimentos estão de tal forma que as palavras acima assumem a forte impressão
de que devemos “fazer pelo outro” ao invés de ensiná-lo a fazer.
A ocasião favorece tal pensamento
e em consequência as ações decorrentes disso, pois o período dessa tentativa
maior de comunhão dos seres humanos uns com os outros é curto... digamos, em
torno de trinta dias... do início de dezembro ao início de janeiro.
Então, em função do pequeno
período que temos disponível para fazemos nossas benemerências e pagarmos um
pouco de nossas dívidas, diminuindo nossos débitos com relação a solidariedade,
irmandade, relativos aos nossos irmãos humanos, partimos para resolver as
situações de uma vez.
Explico melhor: não temos tempo
de ensinar o outro a pescar, com nossos aprendizados. Não temos tempo de passar
ao outro como ele mesmo pode conseguir fazer algo por si.
Então, fazemos pelo outro. Damos
pronto e assim nos sentimos mais benemerentes e com nossa dívida diminuída
diante de nossos vários pecados praticados durante o ano todo.
Isso nos alivia e nos faz sentir
mais bondosos e aceitos.
Meu ponto é exatamente esse.
Fatalmente, ao deixarmos nossa
atenção concentrada em um pequeno período de tempo, para distribuirmos nossas
aquisições, incorremos no erro de manter a dependência do outro para conosco.
Não concordo que isso seja uma
boa coisa. O outro terá suas necessidades atendidas e supridas por um período
curto de tempo e, com certeza irá recorrer novamente a nós quando precisar
novamente de algo que ele na realidade não aprendeu a fazer, mas só aprendeu a
receber pronto.
Minha proposta? Sim, tenho uma:
Desenvolver durante o ano todo
uma habilidade que nos seja útil e a quem possa interessar essa habilidade.
Em nossa comunidade, em nossa
Igreja, em nosso clube, em nosso círculo de amigos, na internet, no
Youtube,
enfim, onde possa haver alguém disposto a aprender a fazer por si mesmo.
Nem todos estarão
interessados? Sim, nem todos, mas alguns
certamente aprenderão com aquilo que você possa ensinar.
E por poucos que sejam, você terá
começado algo que certamente pode se multiplicar, muito mais do que se você
tiver dado algo pronto.
Quando você ensina o outro a
fazer por si mesmo, esse outro poderá então passar seu recém aprendizado para
mais um e mais outro e, embora você não veja resultados imediatos, pode
imaginar que essa forma de participação na raça humana se propaga de forma
muito mais eficiente do que quando você retém um conhecimento para si mesmo.
Não há bem mais precioso que você
possa doar para os seus e todos ao seu redor do que o conhecimento que você
divide, ensinando aos outros habilidades e transmitindo junto com isso
dignidade, solidariedade e dando uma grande demonstração de respeito ao seu
próximo.
Abraços, Feliz Natal e Ano Novo a
todos.
Équilibré
Cursos e Treinamentos
Rua
Dr. Antônio Frederico Ozanan, 309, Limeira, SP
CEP-13480 688, Fone (019) 3034 4330
Nenhum comentário:
Postar um comentário