terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Iná Poggetti


                                            Natal e Ano Novo.

Paira no ar os sentimentos de solidariedade, participação, compartilhamento, irmandade, etc.

Não sou contra, pelo contrário, sou a favor.

No entanto tenho restrições quanto à forma que as pessoas interpretam as palavras dessa estação de  enlevo (Natal e Ano Novo)

Na maioria das vezes, os sentimentos estão de tal forma que as palavras acima assumem a forte impressão de que devemos “fazer pelo outro” ao invés de ensiná-lo a fazer.

A ocasião favorece tal pensamento e em consequência as ações decorrentes disso, pois o período dessa tentativa maior de comunhão dos seres humanos uns com os outros é curto... digamos, em torno de trinta dias... do início de dezembro ao início de janeiro.

Então, em função do pequeno período que temos disponível para fazemos nossas benemerências e pagarmos um pouco de nossas dívidas, diminuindo nossos débitos com relação a solidariedade, irmandade, relativos aos nossos irmãos humanos, partimos para resolver as situações de uma vez.

Explico melhor: não temos tempo de ensinar o outro a pescar, com nossos aprendizados. Não temos tempo de passar ao outro como ele mesmo pode conseguir fazer algo por si.

Então, fazemos pelo outro. Damos pronto e assim nos sentimos mais benemerentes e com nossa dívida diminuída diante de nossos vários pecados praticados durante o ano todo.

Isso nos alivia e nos faz sentir mais bondosos e aceitos.

Meu ponto é exatamente esse.

Fatalmente, ao deixarmos nossa atenção concentrada em um pequeno período de tempo, para distribuirmos nossas aquisições, incorremos no erro de manter a dependência do outro para conosco.

Não concordo que isso seja uma boa coisa. O outro terá suas necessidades atendidas e supridas por um período curto de tempo e, com certeza irá recorrer novamente a nós quando precisar novamente de algo que ele na realidade não aprendeu a fazer, mas só aprendeu a receber pronto.

Minha proposta? Sim, tenho uma:

Desenvolver durante o ano todo uma habilidade que nos seja útil e a quem possa interessar essa habilidade.

Em nossa comunidade, em nossa Igreja, em nosso clube, em nosso círculo de amigos, na internet, no 
Youtube, enfim, onde possa haver alguém disposto a aprender a fazer por si mesmo.

Nem todos estarão interessados?  Sim, nem todos, mas alguns certamente aprenderão com aquilo que você possa ensinar.

E por poucos que sejam, você terá começado algo que certamente pode se multiplicar, muito mais do que se você tiver dado algo pronto.

Quando você ensina o outro a fazer por si mesmo, esse outro poderá então passar seu recém aprendizado para mais um e mais outro e, embora você não veja resultados imediatos, pode imaginar que essa forma de participação na raça humana se propaga de forma muito mais eficiente do que quando você retém um conhecimento para si mesmo.

Não há bem mais precioso que você possa doar para os seus e todos ao seu redor do que o conhecimento que você divide, ensinando aos outros habilidades e transmitindo junto com isso dignidade, solidariedade e dando uma grande demonstração de respeito ao seu próximo.

Abraços, Feliz Natal e Ano Novo a todos.

Équilibré Cursos e Treinamentos
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