terça-feira, 20 de novembro de 2012

Iná Poggetti


Encontros e desencontros.

A eterna busca do encontro. Pode me acusar de ser tautológica...  (busca do encontro) acho que estou sendo mesmo nesse caso.

Encontrar o que? A vida, a felicidade, o melhor momento, a cara metade, a oportunidade, a saciedade...

E tudo começa de novo e de novo. Um novo dia, um novo pensamento, uma nova ideia, um novo momento, um novo filho, um novo neto, um novo amor, um novo negócio, uma nova situação....

E nos mantemos ocupados sempre com o próximo momento. Vai melhorar!, vai piorar, vai acontecer, não vai acontecer.

Movimentamo-nos pela vida em busca de encontros. Encontramos algo, desencontramos vários.

Vamos na mão e contramão dos encontros.

Um dia paramos e refletimos... o que eu já encontrei?

Um amor, um amigo, uma felicidade, um lugar pra viver, um conforto pra curtir, uma saudade, uma perda, um viagem sonhada, um conquista alcançada.

Nossos momentos de alegria registrados em nossa lembrança, em fotos em cima dos móveis e nas paredes de casa. A nossa casa do jeito que queríamos, ou com coisas para terminar, e sonhos pra realizar.

Nossa vida já passada, desejo de voltar, com a condição de manter o conhecimento   a tranquilidade e paz até agora alcançada....impossível!! um ponto de desencontro!

O vigor da juventude com a experiência da idade, não acontece. Desencontros.

Aceitamos a idade e procuramos valorizar nossos próximos projetos de encontros.

Vamos em frente, buscando novas coisas, agora conhecendo os limites do corpo, mas exultantes pela valorização e tranquilidade da alma.

Rimos agora com coisas que antes nos chocavam ou magoavam. Olhamos para o outro com olhos pacientes e compreensivos. Arrepiamos com o pensamento de nossa vida sem aquela significação dada pelo outro. Não é mais uma paixão sem limites, mas uma tranquila consciência de pertencer um ao outro. Um pedaço de mim no outro e um pedaço do outro em mim. Piegas? Sou piegas...

Amamos o que antes chamávamos de defeito e não existe mais rancor e animosidade no coração.

Voltamos a apreciar as árvores, os pássaros, o céu... o que haverá depois dele?

Curiosidade aguçada, pensamento investigativo, voltados para nós mesmos o tempo todo.

Sem tempo para criticar, com muito tempo para compreender e apreciar. Amor pra demonstrar.

Profundas descobertas pessoais, analises intrincadas de personalidade. Permissão de pensamentos antes proibidos pelas censuras mundanas, penetrando mais e mais na magia do imaginário e do impossível.

Risos hilários por coisas antes banais, agora   significativas, importância aguçada as companhias que ainda ficam e ficarão.

Promessas? Não mais! Ações... as possíveis.... que antes eram impossíveis.

Expectativas? Muitas... de encontros, mas sei que terei ainda muitos desencontros...

Ansiedade provoca busca, ansiedade provoca desconforto. Não conseguimos viver sem ela. Estamos sempre buscando. Ela é parte do percurso, faz parte do caminho.

Encontrar pode significar desistir, abandonar – sabemos disso – mesmo inconscientemente – então não encontramos nunca ou então raramente para nos mantermos vivos e renovados, na esperança eterna do encontro que nunca virá, pois se vier, significa o fim dos sentidos.

Abraços, Iná

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