terça-feira, 7 de agosto de 2012

Iná Poggetti


                                     A expressão de sentimentos positivos e negativos.

Tanto os sentimentos positivos ou negativos, na maioria das vezes geram constrangimento para quem tenta expressá-los.

Não só em nossa cultura, mas em geral em toda cultura ocidental existem algumas “Lendas Urbanas” a respeito de expressão de sentimentos.

Se são positivos, em geral para os meninos ou homens pode parecer que, ou eles são “frufru” quando é feito para o mesmo sexo, ou que é “assédio” quando é para o sexo oposto.

Se são negativos, (ainda para os meninos, homens) são muitas vezes catalogados de agressivos, crianças mal educadas, etc.

Se são mulheres que expressam sentimentos positivos para outras mulheres as lendas cantam que é inveja.

Se expressam para o sexo oposto é “paquera”, chaveco, e em casos mais insistentes, é apelação.

Se mulheres expressam sentimentos negativos, em geral são grosseiras, sem classe, etc.

Não estou dizendo que não existem tais tipos, estou dizendo que as “lendas” atribuídas a essas manifestações, cancelam muitas vezes nossa vontade de expressão.

Elogios são geralmente fonte de desconforto para um grande número de pessoas.

Aceitar elogios também provoca muitas vezes vergonha, embaraço, e as pessoas tentam disfarçar, desmerecendo, ou mudando rapidamente de assunto.

Formas de disfarce para um elogio:
- Ah! São os seus olhos.
- Acabei de tomar banho.
- Você está com problemas de visão...eheh

O que estamos dizendo com essas observações é que a pessoa que elogiou não tem discernimento, não tem boa percepção, isto é: estamos desmerecendo a nós mesmos e a pessoa que nos elogiou.

As respostas simples e diretas:

Agradeço, que bom ouvir isso!

Obrigado/a, você também...

Fico feliz em saber que você pensa assim.

São mais amigáveis, no entanto muito mais difíceis de serem pronunciadas diante de um elogio.

A expressão de sentimentos negativos também ocupa um patamar censurado pela maioria das pessoas.

Muitas vezes, acabamos por formar redes de amizade, porque elas sustentam nossas reclamações a respeito de terceiros e de alguma forma nos dão certo alívio. No entanto tal caminho, nunca leva ninguém a resolver alguma coisa e, muitas vezes, até as amizades que antes eram de apoio, acabam se cansando por não haver nunca uma solução e  quedam por enfraquecerem-se e até acabarem. Nem sempre de forma tranquila.

Propostas? Sim! Tenho algumas.

Sou totalmente a favor daquela propaganda da TV que propõe que está na hora de “Rever nossos Conceitos”

Caminhar olhando para frente ao invés de para baixo.

Perguntar-se por que gosta disso e não daquilo outro.

Experimentar fazer um caminho diferente e observar.

Experimentar fazer o caminho usual e descobrir coisas diferentes.

Experimentar conversar com pessoas das quais normalmente não se aproximaria.

Enfim, tudo o que puder fazer diferente do que faz agora, lhe dá informações preciosas a seu respeito e também lhe traz novas formas de ver-se e ao mundo com o qual convive.

Observar que esse esforço que você faz agora lhe traz muito mais informações sobre você do que antes.

 “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.”
Friedrich Nietzsche

Desafio: Veja se descobre qual paradoxo Nietzsche fez na frase acima. Você não vai ganhar um prêmio, presente ou algo num sorteio. Somente a satisfação de descobrir um paradoxo de um grande pensador...ou um paradoxo provocado pela tradução do original....sei lá, não leio alemão!

Abraços e boa semana.

Équilibré Cursos e Treinamentos
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2 comentários:

  1. Bom texto Iná! Quanto à frase do Nietszche, o paradoxo consiste no tom de verdade absoluta da frase que diz que isso não existe. Até ele caiu nessa! Hahahaha

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    1. “Sim Eduardo, com essa tradução é isso mesmo!! Eheh.
      Obrigada pela sua participação!”

      Iná

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