Ainda sobre pensamentos
Semana
passada falei com você a respeito de pensamentos. Arranhei uma pequena porção
do que podemos fazer a respeito deles e, concordo contigo, se você tentou, que
é difícil.
Entender
quando os pensamentos ocorrem, a que eles estão ligados, ou mesmo se eles ocorrem não é tarefa fácil. Na
maioria das vezes, os temos e pronto! E, na maioria das vezes, não percebemos
que eles estão lá, dirigindo nossas emoções e ações em função deles.
No entanto
acredito que com perseverança e bastante dedicação podemos começar a
identifica-los.
“Que é que o homem no fundo sabe acerca
de si mesmo? Sim, se ele conseguisse, ao menos uma vez, observar-se
completamente como se estivesse metido num expositor de vidro iluminado!”
Friedrich Nietzsche
Como você já
me conhece, sabe que busco endosso no meu filósofo preferido: Nietzsche. A
citação acima é de um livro chamado “Acerca
da verdade e da mentira” que, se lhe interessar você pode ler clicando no
link anterior.
Também, se
leu o post da semana passada sabe que nomeei o mesmo como: “Do
pensamento à ação”. Vamos falar um pouco mais deles: os pensamentos!
O que nos
diferencia dos outros seres animais com os quais convivemos, pretensamente é
exatamente o pensamento. Com ele raciocinamos, geramos emoções, e depois disso
nos comportamos. E eu disse pretensamente porque podemos observar que muitos de
nós seres humanos se esforçam bastante para achar essas diferenças. Não que eu
concorde. Mas, usemos tal referência....
Embora o
pensamento seja o diferencial, sabemos muito pouco trabalhar com ele, sabemos
muito pouco identifica-lo e faze-lo funcionar a nosso favor. A princípio,
parece que o pensamento é uma entidade independente e age apesar de nós. Que
não temos acesso ou controle sobre ele.
Embora
concorde com a dificuldade da identificação, não concordo com essa inacessibilidade
que parece que ele tem sobre nós.
Acredito que
podemos sim usar de nossas habilidades e torna-lo aliado.
Para isso
precisamos identificar as amarras que nos permitimos e desvincularmo-nos delas.
Uma das
amarras mais fáceis de identificarmos é a repetição que quando estamos
aborrecidos, chamamos de rotina, e com essa aceitação, muitas vezes, entramos
em depressão. Para ilustrar tal evento, você pode assistir “Tempos Modernos
(1936)” de Charles Chaplin... é muito bom!!
Fica
complicado competir com a repetição, automatização de várias coisas em nossa
vida, uma vez que ela pode ser útil em várias atividades de nossas vidas. Mas
não em todas.
Automatizamos
quando dirigimos um carro, quando estamos trocando o bebê, quando estamos
fazendo uma coisa que temos “prática”, quando lidamos com uma máquina repetidas
vezes, etc. são automatizações úteis. Que nos poupam tempo e pensamentos. Não
precisamos pensar quando fazemos tais atividades; simplesmente fazemos.
No entanto,
outras coisas em que esse automatismo não é útil, também o usamos.
Então, vamos
supor que elegemos uma pessoa como chata. Ao vermos outra pessoa com
característica que nos sejam parecidas, sem ao menos a conhecermos também a
chamamos de chata. A partir daí evitamos
o contato ou fazemos piadinha dela pelas costas.
Ouvimos
alguém que admiramos, falar sobre algo ou alguma coisa. Sobre os jogadores, por
exemplo de basquete, vôlei, etc. sem ao menos conhecermos as regras do jogo, ou
entendermos todo o contexto em que aquilo foi nomeado, passamos a adotar para
nós também aquela opinião e conduzimos nossos pensamentos para confirmar aquela
posição; isto é: acabamos selecionando o que vemos e ouvimos a fim de confirmar
nossa recém adotada posição. E, logicamente que conseguimos.!!
Invista um
pouco do seu tempo para analisar essas coisas que estou escrevendo pra você e
veja se consegue identificar esse caminho que propus. Se tiver vontade, vai
poder identificar esse caminho e outros mais que talvez você faça.
Vai sentir
também, com esse investimento em você mesmo que, muito do que era rotina, não é
mais. Isso porque quando investimos em descobrir nós mesmos, a possibilidade de
aprofundamento é tão grande que todo dia se torna um dia de descobertas.
Posso dizer
que nem sempre gostaremos de tais descobertas. Outras vezes gostaremos muito.
Tenho certeza que uma compensa a outra, e assim podemos nos manter num
equilíbrio entre descobertas boas e não tão boas, mas que sempre nos trarão
informações novas a nosso respeito.
A partir
disso, podemos nos dedicar a decidir o que queremos manter, o que vamos querer
mudar. Tudo fica mais claro e fácil então....
Abraços Iná
Équilibré
Cursos e Treinamentos
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