Não somos todos iguais!!
Se você leu
os posts desde o primeiro, vai saber que esse é o item 2 da “receita” para
“Aprender a Rir de Si Mesmo”.
Como já disse
antes, gosto de continuações. Especialmente na minha área onde tudo, com algum
esforço pode ir se aprofundando.
Aí está,
então a nossa continuação....
2.
Você
já descobriu que é diferente de todo mundo, e que isso é bom ao contrário do
que sempre ouviu falar.
Há um esforço monumental em insistir
que “somos todos iguais”. É uma pregação eterna essa. Ela nos leva a acreditar
nisso e no final das contas nos leva a sentir culpa se, e somente se, nos passa
um lampejo de percepção de nossas diferenças.
Uma das punições que nos é sempre
impingida é a da solidão. Se somos diferentes, somos pária, somos isolados,
rejeitados. Se reconhecemos isso publicamente então, aí “a casa cai”!!
Dúvidas que me assombram:
- Se somos iguais, como vamos aprender?
- Se somos iguais como ficam nossos
conceitos de bonito, feio, bom, ruim, melhor, pior, competente, incompetente,
etc, etc, e tal.
- Se somos iguais, onde vamos buscar
aquilo que nos individualiza e nos dá personalidade e nos permite trocar
experiências?
Mas de qualquer modo existe de uma
forma não explícita, e também de forma explícita, a insistência em pregar tal conceito
e um esforço tremendo para que ele seja incutido em nossa vida, em nosso modo
de pensar.
Bem, de todas as defesas que eu já vi
do “somos todos iguais” nenhuma separa o conceito literal do conceito moral que
estão embutidos no desejo de que sejamos iguais.
Explico melhor: dentro do conceito de
ser diferente está embutido o conceito moral de que ser diferente é ruim. Por
quê? Por que é ruim ser diferente?
Vou fazer um pequeno esqueminha de como
é que nossa forma de pensar age sobre nós e sobre nossas emoções:
Somos seres imaginativos e pegamos o
conceito e investimos nele, isto é: interpretamos!
Somos seres emocionais: atribuímos valores e emoções sobre os conceitos. A
essa altura, o conceito de sermos diferentes já está contaminado com uma aura
negra, cheia de significados negativos, pejorativos e moralistas.
“Não há fenômenos morais,
mas apenas uma interpretação
moral de fenômenos....”
Friedrich Nietzsche
A atribuição dos valores morais ao
conceito é proveniente da nossa cultura, de nossos costumes e proveniente da
filosofia que é parte dessa cultura em que vivemos. Então, toda vez que falamos
ou ouvimos algo do tipo “essa pessoa é diferente”, usando a análise dos padrões
da língua, da cultura e da filosofia, temos junto a interpretação e as emoções
de desmerecimento, maldade, pecado, etc. E nos sentimos errados com isso.
A partir daí negamos o óbvio: Somos
diferentes!!
Não! Não podemos ser diferentes! O
senso comum diz que somos iguais, embora meus olhos, percepções e sensações me mostrem
e digam que somos diferentes, devo me adaptar ao que a maioria das pessoas
dizem. Sentimos um conflito entre o que vemos e o que “deveríamos ver!” – e que é considerado politicamente correto.
Assim como fazemos desde pequenos, negamos para nós mesmos o que estamos vendo.
Sentimos mais segurança quando estamos com a maioria, embora dessa forma,
esvaziemos cada vez mais a nossa fé em nós mesmos!
Aprendi então a separar, no meu modo de
pensar, o conceito - dos valores morais
propostos socialmente e refazer o
caminho confiando mais em minhas percepções e sensações.
Compartilho experiências com aquele que
é diferente e do qual eu também sou diferente. Aprendo com ele e o ensino,
assim como ele me ensina e aprende comigo.
Mudo também com isso, as emoções que
decorrem comumente do conceito. Não sinto mais como erro, mas sim como
possibilidade de dividir, partilhar, aprender.
Não sinto culpa, mas prazer em ver
diferenças e valorizá-las. Busco agora minhas diferenças e gosto delas, pois é
com elas que sou indivíduo e com elas tenho uma comunhão maior com os outros.
Abraços....
Équilibré
Cursos e Treinamentos
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